É impossível negar que todos nós somos consumidores. Com estilos de vida e hábitos de consumo diferentes, cada um de nós está a revolucionar a forma como é encarado o consumo nos dias de hoje.
Se antes a pergunta que ressoava era o “se” vamos às compras, hoje a pergunta que se impõe é “como” vamos fazê-las. A revolução tecnológica tem vindo a dar origem a muitas outras transformações, entre elas a própria evolução da forma de consumo dos dias de hoje.
Atualmente, até as compras da semana para encher o frigorífico são feitas de forma diferente. O que antigamente era comprado no supermercado, hoje pode ser adquirido a partir de casa. A tecnologia é tanta que já existem aplicações, desenhadas pelas próprias marcas, que constroem a lista de compras mensal dos seus clientes com base nas compras dos meses anteriores. Graças a sistemas de Inteligência Artificial e de automação, cada vez mais o papel do consumidor se resume a dar algumas indicações ao seu assistente pessoal virtual, personalizando as suas preferências.
Ainda assim, mais complexas do que as chamadas compras de conveniência – as compras de supermercado ou de mercearia, por exemplo – são as compras de imersão. Se não conhece o conceito, é importante saber que este é um processo de escolha com base nos nossos gostos pessoais, nas nossas ambições, na vontade que temos de expressar a nossa personalidade através de uma peça de roupa ou de um automóvel. E este é um processo de compra que está intimamente ligado às nossas expectativas e emoções – fatores com os quais as empresas precisam de se envolver.
Por um lado, a evolução da tecnologia vai quebrar algumas relações tradicionais na lógica de consumo, e por outro, vai intensificar alguns valores que até hoje ocupavam uma posição de menor destaque no processo de decisão.
No fundo, o consumidor do futuro será um consumidor cada vez mais exigente. Assim, as marcas vão precisar de prestar uma atenção extra às necessidades dos consumidores, para que ambas as partes saiam a ganhar.